Shantala: a massagem para bebês

A Shantala, a massagem para bebês é tradicionalmente uma das formas de cuidados prestados pela mãe para com a criança, a técnica começou a ser difundida pelo médico obstetra francês Frederick Leboyer ao se encantar vendo uma mãe indiana aplicando em seu filho. O presente trabalho é uma revisão bibliográfica sobre a literatura científica atual, a qual carece de estudos dentro de critérios científicos para a sua utilização entre os profissionais da saúde, visto que há um relativo custo-benefício para a sua aplicação. Dentre eles efeitos positivos em níveis psico-comportamentais e físicos.

Em termos culturais, no Ocidente, a ênfase está na medicalização e tecnologia das ações de saúde, o acesso às técnicas de terapia oriental recai sobre as classes sociais mais favorecidas economicamente. Na cultura ocidental não é comum darmos ênfase ao conhecimento em profundidade dos nossos sentidos, vivemos num mundo de palavras sem toques, onde a imagem predomina, vivemos numa cultura onde a razão se sobrepõe à emoção, sendo essa última dificilmente utilizada por profissionais da saúde, ao cuidarem de seus clientes. Na cultura ocidental, em épocas de pós-modernismo, o homem é visto como uma máquina, que a cada dia, visualizamos a valorização do ter e a deificação do ser. (1)

O termo saúde tem sido ao longo de um processo histórico, marcado por influências econômicas, políticas, culturais e sociais. Embora, contemporaneamente, a saúde seja entendida como direito fundamental do ser humano, ainda é forte o paradigma que entende a saúde como ausência de doença e o tratamento mais adequado, o que utiliza alta tecnologia. (1)

Segundo a OMS (Sagre, 1997), saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não consistindo somente da ausência de uma doença ou enfermidade. (2)

Famílias saudáveis que dão apoio a seus membros são flexíveis a modificações no seu funcionamento para atender suas necessidades e permitem ao indivíduo o cuidado, possibilitando a promoção, a reabilitação e/ou a recuperação da saúde. (3)

Por meio do toque, ocorre uma aproximação entre os indivíduos. Sentimos a presença do outro e firmamos compromissos. Tocar é uma das principais formas de comunicação, pois se constitui em um meio poderoso de estreitamento dos relacionamentos humanos, como no vínculo mãe-filho. (3)

A massagem é a arte de tocar com qualidade, proporcionando ao corpo bem-estar. A prática de massagear bebês originou-se no sul da Índia, em uma região chamada Kerala, sendo transmitida para a população através dos monges, tornando-se, posteriormente, uma tradição passada de mãe para filha. Na década de setenta, do século passado, a Shantala foi trazida para o Ocidente através do obstetra francês Fréderick Leboyer, que observou, em Calcutá, na Índia, uma mãe massageando seu bebê. Encantado com o vigor e beleza dos movimentos, batizou a seqüência da massagem com o nome da mulher que a realizava: Shantala.

Estudos desenvolvidos pelo Instituto de Pesquisa do Toque na Faculdade de Medicina da Universidade de Miami, centro de liderança mundial dos efeitos da estimulação tátil, reforçam e revelam os efeitos benéficos do toque para a saúde de bebês prematuros, que ganham 47% mais peso que os bebês da mesma idade com a mesma ingesta calórica; têm também cerca de seis dias menos de internação hospitalar e melhor temperamento nas dimensões da sociabilidade e da confortabilidade. (3)

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TCC – Shantala